Como pesquisador e parte de uma comunidade maioritariamente negra, entendo, que a compreensão mais integrada do racismo e as ferramentas necessárias para o seu mapeamento como o Movimento Black Lives Matter, propiciam novas abordagens e abrem espaço para um equacionamento dos factos a eles implícitos, o que exige, obviamente, a adoção de novas medidas pelos Estados e Organizações Internacionais.
No sentido de olhar para este problema/paradigma de forma mais concertada e abrindo espaço para uma resposta ao nível internacional.
Por outro lado, não podemos dissociar o racismo ao desenvolvimento global face as assimetrias entre as comunidades e entre os países, mesmo nos países desenvolvidos em que as minorias (negras bem como latino-americanas), compõem a franja da sociedade mais vulnerável. Outrossim, impende sobre estes um maior desrespeito aos seus direitos civis face aos actuais e recentes acontecimentos.
Nesta perspectiva, no presente artigo levantam-se, a questão de saber em que medida o surgimento do Movimento Black Lives Matter, pode ser considerada uma abertura ao diálogo entre os actores envolvidos?
Que medidas devem ser adotadas para redução das assimetrias de classes e que potenciem o desenvolvimento global das minorias?
Que novos ventos para os direitos civis o Movimento Black Lives Matter pode trazer na construção jurídica dos direitos fundamentos ao nível dos Estados?
Eis abaixo o artigo na íntegra: