“A CÁBULA E O CABULADOR”

No que toca à expressão “CÁBULA”, alguns manuais dizem que a mesma vem do catalão, que é uma corruptela da palavra “cábala”, com a ideia de fábula. Os registos não são exactos. A origem do termo, parece incerta.

Com o tempo, o termo mudou, e passou a ser ligado ao misticismo, ao oculto. Talvez, seja daí que o catalão pegou para dar significado de obscuro, tramoia, trapaça.

Sendo assim, a expressão “CÁBULA”, tem a conotação de algo que é “contrário” ao “padrão”; também pode significar, agir de forma fraudulenta ou de má fé.

O padrão no âmbito das provas/avaliações é que o aluno/estudante utilize apenas os meios/materiais permitidos ou pelo professor/docente ou por quem seja responsável.

Nesta senda, todo material que o aluno/estudante tenta utilizar para resolver o teste e que não seja permitido, constitui uma “CÁBULA” ou “FRAUDE”. Exemplo: (i) escrever na “MÁSCARA FACIAL” conteúdo ou matéria relacionada a prova ou a disciplina da avaliação, constitui “CÁBULA”, (ii) usar um fascículo de História numa avaliação de História, extraindo dele as respostas, sem a prévia autorização do professor, constitui “CÁBULA”

Infelizmente, práticas como essas insistem em se enraizar no seio da comunidade estudantil, a quem diga mesmo que já se tornou uma cultura.

Entretanto, a mitigação da questão das cábulas nas instituições de educação e ensino passa pela adopção de medidas mais rígidas que deveriam ser propostas, assumidas e implementadas pelos ministérios competentes, bem como pelos estabelecimentos de educação e ensino.

Medidas como a expulsão do sistema de ensino por algum tempo, ajudaria “em parte”.

Att: Sem descartar os problemas que temos no acesso ao ensino.

Quanto aos professores/docentes, ajudem e não tenham dó de quem não quer trilhar o caminho da honestidade, fazendo o que é certo. Não admita cábulas, pois, o cabulador de hoje poderá ser o profissional que tratará dos assuntos mais sensíveis das nossas vidas e do país.

Repare que, a medida em que o indivíduo vai tendo essas práticas ao longo da sua formação, sem ser punido (e deforma severa), gera no mesmo uma sensação de que, este é um meio eficaz de alcançar coisas preciosas, a semelhança da formação.

A cábula enferma, corrói e destrói uma das armas mais poderosos que uma nação pode ter, que é a “EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO”.

O cabulador é um fraudulento, desonesto, mentiroso e corrupto em miniatura. Admitir tais práticas, pressupõe não levar a sério a formação do Homem.

O cabulador de hoje, se não for educado, orientado e até mesmo punido, será o corrupto do amanhã.